A História do Bilhete Único da cidade de São Paulo

 

                   Bilhete Único comum da cidade de São Paulo


Bilhete Único é um sistema de bilhetagem eletrônica que unifica em apenas um sistema, toda a bilhetagem dos meios de transportes, gerando assim benefícios aos seus usuários, tais como as tarifas integradas, ou seja, o Bilhete Único oferece desconto ou isenção da tarifa ao se utilizar meios de transporte dentro de um determinado período de tempo. Para o sistema de transporte público, o Bilhete Único é vantajoso, pois o dinheiro entra no caixa antes do usuário utilizar o transporte público e há economias com impressão de bilhetes, além diminuir o interesse por assaltos.


Cidade de São Paulo


O Bilhete Único da cidade de São Paulo foi uma solução criada pela SPTrans (São Paulo Transporte S/A), empresa responsável pelo transporte de ônibus, ligada ao governo municipal. Hoje em dia, o Bilhete Único também é aceito no Metrô e no Trem Metropolitano.

Com seus mais de 8,5 milhões de cartões expedidos até 2006, e frota de 15.000 ônibus e 7,3 milhões de viagens, esta é provavelmente a 2ª maior solução em bilhetagem eletrônica no mundo, logo após o cartão Octopus de Hong Kong.

A primeira menção ao projeto é de 1992, quando o candidato a prefeito Eduardo Suplicy coloca o projeto como uma de suas propostas, porém ele perde a eleição, sem continuidade. Em 1995 a Câmara Municipal aprova o texto, prevendo integrações em 2h30, projeto do então vereador Carlos Zarattini, porém Paulo Maluf, então prefeito veta o projeto. Erundina ainda o cita como proposta em 1996, mas é apenas em 18 de maio de 2004, na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy, que o Bilhete Único é finalmente lançado.

O sistema passou por diversos balanceamentos até chegar ao sistema que conhecemos hoje, sendo os principais diretamente nos primeiros meses de implantação, culminando no atual sistema que permite atualmente que o passageiro faça até quatro viagens de ônibus pagando uma única passagem dentro de um certo período de tempo. Permite ainda fazer integração com meios de transporte sobre trilhos — metrô e trem — pagando um preço menor do que a soma da tarifa de ônibus e de trem ou metrô. Caso o usuário faça uma viagem utilizando os dois meios de transporte, ele poderá fazer até três viagens de ônibus e uma de trem ou metrô.

A solução original, iniciada em 1997, foi baseada na solução adotada na cidade de Seul, Coreia do Sul, mas foi abortada devido a problemas do software com a complexa regulamentação do Vale Transporte. Por volta de 2001/2002 o projeto foi reiniciado pela SPTrans, que decidiu que haveria pelo menos 2 provedores de solução para cada necessidade do projeto, para não depender exclusivamente de apenas uma provedora como outras cidades fazem. Os atuais cartões usam tecnologia NFC sem-contato NXP Mifare.

Segundo Celso Campello Neto, professor da Fundação Armando Alvares Penteado - FAAP, o grande propulsor e catalisador do Bilhete Único foi o cartão Vale-Transporte. Este benefício tem Lei específica e faz com que empregadores o concedam mensalmente aos seus empregados. Visando facilitar a disseminação da utilização, os órgãos emissores credenciaram empresas de distribuição, que disponibilizaram estruturas eletrônicas de venda e atendimento, bem como operações de processamento, logística de créditos e cartões, bem como atendimento a ocorrências.

Os empregadores, clientes de empresas distribuidoras de benefícios como a Benefício Certo, Sodexo, Alelo, entre outras podem centralizar seus pedidos e reduzir seus custos, uma vez que, com o Bilhete Único, os custos logísticos de impressão dos vouchers, envelopamento e entrega de valores praticamente se extinguiu, sendo substituídos pelo universo eletrônico de processamento e atendimento. Além disso, o Bilhete Único trouxe a garantia de maior segurança aos usuários pela redução do número de assaltos aos ônibus, bem como eliminou por completo o comércio paralelo de vouchers em papel com deságio, tão comum em São Paulo antes de 2004.

O "Projeto de Bilhetagem Eletrônica", que resultou no "Bilhete Único", tem pelo menos 30 soluções diferentes e vários provedores de solução envolvidos no projeto.

Entre os problemas, o maior deles era a questão da recarga, pois todos os cartões são pré-pagos e a recarga não pode ser feita a bordo. Várias cidades brasileiras falharam em criar e espalhar uma rede de recarga. Devido a acordos com empresas distribuidoras de benefícios, em especial as de Vales-Transporte (VT) e com a Caixa Econômica Federal que concedeu suas lotéricas como pontos de recarga, hoje São Paulo conta com mais de 3.000 pontos de recarga (mar/2007). Hoje a recarga pode ser feita através da internet na loja virtual da SPTrans 

Em 2013 na gestão de Fernando Haddad, passou a vigorar uma nova modalidade de Bilhete Único, o Bilhete Único Mensal, que permite a livre utilização de ônibus ou metrô/trem durante 31 dias pagando 140 reais, ou 230 reais, com a possibilidade de integrar entre ônibus e transportes sobre trilhos durante o período.No ano seguinte, esse sistema foi expandido e passou a valer também outras modalidades de tarifação temporal, os Bilhetes Únicos Semanal e Diário indicados principalmente para turistas.


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