Sexta-feira Santa ou Sexta-Feira da Paixão ou Sexta-Feira Maior é uma data religiosa cristã que relembra a crucificação de Jesus Cristo e sua morte no Calvário. O feriado é observado sempre na sexta-feira que antecede o Domingo de Páscoa, o sexto dia da Semana Santa no cristianismo ocidental e o sétimo no cristianismo oriental (que conta também o Sábado de Lázaro, anterior ao Domingo de Ramos). É o primeiro dia (que começa na noite da celebração da Missa da Ceia do Senhor) do Tríduo Pascal e pode coincidir com a data da Páscoa judaica.
Este dia é considerado um feriado nacional em muitos países pelo mundo todo e em grande parte do ocidente, especialmente as nações de maioria cristã.
Dia de jejum
A Igreja Católica trata a Sexta-feira Santa como dia de jejum, o que, na Igreja Latina, é compreendido como sendo um dia em se faz apenas uma refeição (menor do que uma refeição normal) e duas colações (um pequeno repasto que, contados juntos, não perfazem uma refeição completa), todas sem carne. É por conta desta tradição que em muitos restaurantes em países católicos servem peixe neste dia. Nos países onde não é feriado, o serviço litúrgico das três da tarde é geralmente atrasado algumas horas.
Serviços litúrgicos
O rito romano não prevê a celebração de missas entre a Missa da Ceia do Senhor na noite da Quinta-feira Santa e a Vigília Pascal, exceto por autorização especial da Santa Sé ou do bispo local. O único sacramento celebrado neste período é o batismo para os que estão à beira da morte, a confissão e a unção dos enfermos . Durante este período, velas e toalhas são retiradas do altar, que fica completamente limpo. Costuma-se também esvaziar todas as fontes de água benta, já como preparação para a bênção da água durante a Vigília Pascal. Tradicionalmente, nenhum sino é tocado na Sexta-feira Santa e no Sábado de Aleluia.
A Celebração da Paixão do Senhor se realiza à tarde, idealmente às três da tarde, mas, por razões pastorais (dar tempo aos fiéis chegarem em países em que não há feriado, por exemplo), é possível que seja mais tarde. As vestes utilizadas são vermelhas ou, mais tradicionalmente, negras. Até 1970, eram sempre negras, exceto para o ritual da comunhão, quando se usava o violeta Antes de 1955, só se usava o preto. Se um bispo ou abade estiver celebrando, ele deverá vestir uma mitra simples (mitra simplex).
Liturgia
A liturgia da Sexta-feira Santa está dividida em três partes: a Liturgia da Palavra, a Veneração da Cruz e a Sagrada Comunhão.
- A "Liturgia da Palavra" é um ritual no qual o clero e os ministros ajudantes param de cantar e entram num silêncio completo. Sem nenhum ruído, prostram-se como sinal do "rebaixamento do 'homem terreno' e também o pesar e tristeza da Igreja"[14]. Segue-se a oração da coleta e a leitura de Isaías 52:13-Isaías 53:12, Hebreus 4:14–16, Hebreus 5:7–9 e o relato da Paixão no Evangelho de João, tradicionalmente recitado por três diáconos ou pelo padre, um ou dois leitores e a congregação, que lê a parte da "multidão". Esta parte do ritual termina com as orationes sollemnes, uma série de oração pela Igreja, o papa, o clero e os leigos da Igreja, os que estão se preparando para o batismo, a unidade dos cristãos, os judeus, os que não acreditam em Cristo, os que não acreditam em Deus, os que prestam serviço público e os que precisam de ajuda imediata. Depois de cada uma destas intenções, o diácono conclama os fiéis a se ajoelharem por um breve período de oração individual; o padre celebrante então encerra com uma oração conjunta.
- A "Veneração da Cruz" apresenta um crucifixo, não necessariamente o que está normalmente no altar ou perto dele em situações normais, que é solenemente desembrulhado e mostrado para a congregação e venerado por ela, individualmente se possível, geralmente através de um beijo, enquanto se cantam hinos, a Improperia ("censuras") e o Trisagion.
- A "Sagrada Comunhão" é celebrada com base no rito do final da missa, começando com o Pai Nosso, mas omitindo a "Partilha do pão" e seu cântico, o "Agnus Dei". A Eucaristia, consagrada na Missa da Ceia do Senhor da Quinta-feira Santa, é distribuída neste momento Antes da reforma do papa Pio XII, apenas o sacerdote recebia a comunhão, um rito chamado de "Missa do Pré-santificado", que incluía as orações normais do ofertório, inclusive o vinho no cálice. O padre e a congregação se despedem em silêncio e a toalha do altar é retirada, deixando o altar limpo, exceto pelo crucifixo e duas ou quatro velas.
- A "Oração dos Fiéis" na sexta-feira santa, é chamada de "Oração Universal". Ela é composta de dez orações cada uma dividida em duas partes: Uma parte feita pelo presidente de celebração e outra feita pela assembleia. Em cada oração reza-se por uma categoria. São elas:
- Pela Santa Igreja;
- Pelo Papa;
- Por todas as ordens e categorias de fiéis;
- Pelos catecúmenos;
- Pela unidade dos cristãos;
- Pelos judeus (e não para a conversão deles);
- Pelos que não creem em Cristo;
- Pelos que não creem em Deus;
- Pelos poderes públicos e
- Pelos que sofrem provações.
Além das prescrições tradicionais do serviço litúrgico, as estações da cruz também são visitadas para orações, dentro ou fora da igreja, e um serviço específico às vezes realizado entre meio-dia e três da tarde, conhecido como Três Horas de Agonia. Em países como Malta, Itália, Filipinas, Porto Rico e Espanha, procissões com estátuas representando variadas cenas da Paixão ocorrem neste período.
Em Roma, desde o papado de São João Paulo II, o ponto alto à frente do Templo de Vênus e Roma, em posição privilegiada à frente da entrada principal do Coliseu, tem sido utilizado como plataforma de discursos para a multidão. O papa, pessoalmente ou através de representantes, lidera os fieis numa jornada de meditações pelas estações da cruz acompanhando uma cruz que é carregada até o Coliseu.
👍 Curta nossas redes sociais
https://www.facebook.com/profile.php?id=100088230963320&mibextid=ZbWKwL
➖️ YouTube
https://youtube.com/@KLEINJuntocomVoce-rl4bw?si=FTnXBENjOlAnbDzP
➖️ Canal no WhatsApp
Comentários
Postar um comentário