A história do Panetone

 A história do Panetone





O panetone, típico doce originário de Milão, faz parte das tradições gastronômicas do Natal e costuma dividir as opiniões do público. Existem aqueles que amam e existem os que não se agradam com as famosas frutas cristalizadas em seu recheio.


A verdadeira origem da receita é um pouco incerta, mas uma das mais conhecidas histórias desse famoso prato nos remete a um equívoco cometido por um padeiro no final do século XV, e graças a isso nasceu a receita que é símbolo das festas de Natal.

Conta-se que, na véspera de Natal de 1495, por ocasião de um importante banquete que estava prestes a acontecer, o cozinheiro oficial da família do duque de Milão Ludovico Sforza, queimou a sobremesa que estava preparando.


O cozinheiro estava muito ocupado com a preparação de diferentes iguarias para a ceia, e havia pedido para o seu jovem ajudante de cozinha Toni supervisionar o forno, onde deliciosos biscoitos estavam sendo assados e seriam servidos como sobremesa, para encerrar a celebração natalina.


Toni, exausto pelo trabalho, acabou se distraindo e os biscoitos queimaram.


Para resolver a terrível situação e com medo da reação do chef e da família do duque, que estava ansiosa aguardando pela sobremesa, o jovem Toni decidiu utilizar uma massa de fermento que estava reservando para o pão de Natal.

Ele trabalhou a massa adicionando farinha, ovos, manteiga, uva passa, frutas cristalizadas e açúcar, obtendo uma massa particularmente fermentada e macia, que assou e serviu no banquete.


O resultado do prato foi um sucesso. O doce foi tão apreciado que a família Sforza decidiu chamá-lo de “pão do Toni”, em homenagem ao seu criador.


A partir de então, o prato se tornou conhecido em Milão e logo se espalhou por toda a Itália, passando a ser um alimento especial nas celebrações de final de ano e popularizando-se com o nome de “panetone”.

Essa é uma das mais conhecidas lendas sobre a origem milanesa do panetone. O que realmente se sabe é que, naquela época, de fato era costume celebrar o Natal com um pão diferenciado.


O que ninguém discorda é que o doce se tornou símbolo das comemorações de Natal e conquistou não apenas o paladar dos italianos. A tradicional receita também ficou famosa fora da Itália.


Em 2018 as exportações italianas de panetone, pandoro, chocolate entre outros doces típicos de Natal foram de 643 milhões de euros, e em 2019 esse número aumentou em 11%.


O Brasil é o terceiro país que mais consome panetone, mas a empresa que mais produz panetone no mundo é a brasileira Bauducco, produzindo mais de 300 mil toneladas de panetone por ano.

O processo de produção do panetone conforme a tradição artesanal milanesa inclui as etapas de preparar o fermento natural, preparar a massa fermentada, moldar a massa no formato típico, assar e esperar esfriar.


Existem diversas variantes da famosa iguaria, com massa fermentada semelhante à massa do panetone, mas sem as passas e uvas cristalizadas por exemplo, assim como versões onde adicionam algum tipo de cobertura.

Um desses “pães de Natal” é o pandoro, sobremesa muito popular na Itália e que divide o gosto do público, sendo praticamente um rival do panetone na ceia de Natal. Sua origem é de Verona e, diferentemente do panetone, o pandoro não leva as frutas cristalizadas no recheio da massa, que é muito leve e adocicada.


Seja qual for a receita escolhida para comemorar a véspera de Natal, o importante é que não falte à mesa o clima de celebração e gratidão.
✔️ Fonte Blog do Silvano

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